sexta-feira, 27 de julho de 2007

Coletivo


Ontem minha turma da faculdade teve que fazer uma pesquisa de campo em alguns supermercados da cidade. Iríamos sair de frente do portão as 8:15 de coletivo e pela terceira vez na minha vida eu iria passar por essa experiência de andar de busão. A minha primeira vez há muito tempo atrás, foi em São Paulo e eu deveria ter uns 12 anos. Eu me lembro bem, pois foi uma experiência meio traumática. Os professores da academia de tênis da minha mãe foram fazer um curso em Sampa e eu fui juntamente com a minha família. Não sei o porquê que tivemos que pegar o ônibus, mas lembro que naquela noite iria ter jogo do Palmeiras X Corinthians e o uniforme da academia era verde e branco e por azar paramos no engarrafamento bem do lado de um ônibus de excursão que só tinha corintiano. Que azar hein! Eu lembro ter aprendido vários palavrões novos neste dia, pois os corintianos não paravam de nos xingar! Eu estava, estranhamente, bem tranqüila, pois na verdade não tinha entendido o porquê dos xingamentos, até que uma hora minha mãe me puxou e disse para eu sair de perto da janela e me explicou o porquê de todo aquele alvoroço. Confesso que depois disso fiquei me borrando de medo deles quebrarem os vidros do busão com pedras e afins!
A segunda vez que eu andei de ônibus foi para ir para a faculdade e experimentar coisas novas. Sai do meu prédio naquele frio desgraçado, apesar de que hoje agradeço por estar frio, pois pegar busu no calor deve ser infinitamente pior e fui em pé até chegar à faculdade. Foi engraçado, mas não pretendo fazer novamente.
A terceira vez foi ontem, só que foi um caso à parte, pois o ônibus era somente para os alunos e todos foram sentadinhos nos seus respectivos lugares. Foi mais uma simulação do que realidade, mesmo assim fiquei pensando em quem tem que usufruir desse meio de transporte todo dia, não deve ser nenhum pouco fácil e sempre que eu vejo uma tiazinha correndo em direção ao ponto me dá um aperto no coração e penso: “Graças a Deus que não sou eu!”.



Na foto: minha parceira de trabalho e eu no bus.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Aquecimento global ou congelamento global?


Sempre quando eu volto da praia eu digo a mim mesma: “Esse ano vou usar o estilo surfistinha e eu amo calor”. Os meses vão se passando e o calor só aumentando e meu pensamento vai mudando. Começo, desesperadamente, querer frio, seus casacos até o joelho, cachecol e gola alta.
Esse ano, como de costume, o frio demorou a chegar e foi vindo de leve. Começamos com um moletonzinho de manhã e quando chegava a hora do almoço já estávamos bufando de calor. O dito inverno durou bem pouco e quando eu ia nas lojas procurar roupas de calor as vendedoras diziam que quase não tinham nada e que iria chegar muitos casacos pesados de frio e eu, me achando a entendedora falava: “Que nada moça! Não vai fazer mais frio não! Aquecimento global!”. Oh inocência querida que habita este corpo! É como diz um amigo do meu namorado: “Aquecimento global ou congelamento global?”, acho que atualmente está mais para congelamento global. Estou me sentindo na Europa, nem no Rio Grande do Sul eu me sinto mais, pois esse frio já ultrapassou os limites brasileiros. Estou me sentindo mesmo é na Europa, a não ser por um pequeno detalhe que, provavelmente, todas as casas lá devem ter aquecedores e que por mais frio que esteja eu tomo banho todos os dias. Ontem a noite estava tão frio que entrei no carro peguei na direção e senti minhas mãos congelarem e ficarem estáticas. Quase não consegui liga-lo. Depois de um tempinho para me acostumar, liguei ele e pela primeira vez em quatro anos que eu tenho o carro liguei o ar quente! Nem sabia mexer direito naquele troço. Pensei comigo: “Deve ser igual o ar frio né”. Coloquei então no máximo, liguei o ar e veio aquele vento, praticamente com a força de uma turbina de avião, bem na minha cara. Isso seria ótimo a não ser por um detalhe: O VENTO VEIO FRIO! Nossa senhora de todos os santos, minha cara congelou e senti uma parte da minha orelha cair de tanto frio! Desliguei o ar o mais rápido que eu pude e fui no frio mesmo.
Hoje estou preparada! Estou com uma blusa de gola alta, que a minha mãe comprou para eu ir com ela em Gramado, no Festival, e que segundo a sabedoria da mesma é a blusa mais quente das quentes. Uma meia que meu pai me deu e diz ele ser a mais grossa das grossas. Um moleton por cima da blusa de gola alta. Luva. Toca. Casaco, sobretudo e coturno. Que venha o frio!!!

domingo, 22 de julho de 2007

Centro ou inferno?


Morar no centro é bom, mas ao mesmo tempo é uma bosta! Quando eu não tinha carro e morava no meu outro apartamento, achava que morar no centro era a melhor coisa do mundo, mas eu estava redondamente enganada. O outro apartamento que eu morava também era no centro só que era em uma rua que não se passavam muitos carros com som alto e nenhum alarme de loja disparava as 5:00 da manhã. Já neste apartamento, que eu estou aqui já faz uns seis anos e ainda não me acostumei com o barulho, é o próprio inferno.
Esses dias atrás eu estava voltando para a minha casa, depois de mais uma noite super agradável com o meu namorado. Depois do cinema fomos comer alguma coisa e voltamos pra casa (cada um para a sua respectiva residência). Chego ao aconchego do meu lar doce lar, me preparo para dormir e deito em minha caminha. Quando estou quase pegando no sono eis que surge um cowboy viado, provavelmente na sua caminhonete, com aquela música sertaneja altamente alta e brega. É nessas horas que me dá vontade de ter uma bazuca no guarda-roupa! Porque as pessoas fazem isso? É pra irritar? É pra mostrar que tem um som super mega power potente? Quer saber de uma coisa senhor engraçadinho do som alto? Eu não ligo a mínima para a potência do seu som, eu não ligo a mínima para você querer ser o centro das atenções, eu não ligo a mínima se daqui a alguns anos você ficar surdo por causa dessa porcaria desse som, eu não ligo a mínima se você pagou mais caro no seu som do que no seu carro e agora quer mostrar isso, eu estou pouco me importando para você desgraça da sociedade, eu quero mais é que você vá pra PQP!!!
E quando eu marco de ver meu namorado as 6:30 da tarde eu tenho que sair daqui com praticamente uma hora de antecedência e com grandes possibilidades de chegar atrasada. Até que pra ir não é um problema tão grande, porque a minha prima (que mora bem perto do meu namorado), me falou de um caminho alternativo que é mais rápido, agora pra voltar que é o problema. Eu sempre volto por outros caminhos achando que “dessa vez eu vou acertar”, mas sempre caio na Avenida São Paulo que agora eu já sei o porque desse nome. Toda vez que eu entro nessa avenida me sinto em Sampa naquele engarrafamento do capeta!
E quando o alarme de uma loja que tem aqui do lado começa a tocar as 5:00 da manhã? Meu chapéu que raiva! Acho que nesse caso a bazuca não seria o suficiente, tenho que pensar em algo que faça um estrago maior, alguma sugestão? É engraçado que esse alarme começa a tocar as 5 da manhã e insiste por uma meia hora, ou seja, já são 5:30 da manhã em dia de semana que eu acordo as 6! Não é lindo? Depois que eu acordo de mau-humor e não dou bom dia pra ninguém as pessoas acham que eu sou mal educada! É claro que eu sou! Tente dormir com idiotas passando com som alto e alarme disparando que eu quero ver pra onde vai a sua educação!
É...cheguei em uma seguinte conclusão: morar no centro só é bom pra quem não tem carro!

terça-feira, 10 de julho de 2007

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Compra

Ontem fui comprar uma impressora, na verdade uma multifuncional que tem xérox, scanner e impressora. Fui a um hipermercado, que desta vez citarei nomes, pois a mulher cometeu um erro astronômico na hora da venda. É o BIG. Fui lá, porque eles fazem em 12 vezes e é o mesmo preço do que se eu estivesse pagando a vista.
Após a prova, eu e minha amiga fomos lá e eu vi o preço: 12X de R$33,25. Meus olhos brilharam, pois eu poderia comprar no meu cartão porque as parcelas eram bem em conta. Voltei no BIG à noite com o meu namorado que entende de informática para ver se a multifuncional era boa mesmo.
Chegamos lá e primeiro fomos a uma outra loja, só que era mais caro. Entramos no hipermercado e vimos a impressora e ele disse que era boa. Ótimo!Tudo liberado para a compra, só faltava um vendedor, mas quem disse que ele apareceu? Uma hora nós estávamos cansados de esperar, detalhe que já tínhamos olhados todos os eletro-eletrônicos do departamento, e nada do vendedor, até que passou um deles e eu disse “Você está ocupado?”. Ele disse que estava atendendo e era só esperar um minutinho que outro vendedor já viria. Eu ri internamente porque eu sei, você sabe, todo mundo sabe que esse um minutinho ou demora uma vida ou nunca chega. Depois de mais um tempinho meu namorado teve a brilhante idéia de pegar a multi e ir direto ao caixa e foi o que fizemos. A mulher perguntou a forma de pagamento e eu até brinquei com ela falando para fazer em 15 vezes. Todos demos risadas a caixa disse que só no Hipercard que faziam em 12 vezes e nos outros cartões eram em 10. Muito bem, eu disse “Então pode fazer.”. Depois de assinar o papelzinho do cartão fomos a um outro lugar para assinar a nota fiscal e liberar o produto. Até então estava tudo certo. Eu feliz contente e sorridente, pois finalmente não iria mais precisar mandar e-mail para a minha mãe imprimir no serviço dela o que eu queria. Para finalizar a noite, o meu namorado entendedor de informática, foi instalar a multi aqui em casa.
Hoje de manhã, chego na sala de aula e não tinha ninguém. Peguei a nota fiscal e fui somar com as outras coisas que eu já tinha comprado no cartão para ver o quanto eu ainda podia gastar (limites limites limites ¬¬). Foi então que não vi em nenhum lugar daquela gigantesca nota fiscal o número 10. Olhei, olhei e olhei a nada! Foi me subindo um desespero do dedão do pé até as entranhas do meu cérebro! Nessa hora eu já tinha xingado até a quinta geração da família da funcionária. Liguei para a minha mãe, contei o ocorrido e ela ficou desesperada! Liguei para o meu pai (ele que paga o cartão) e na maior calma do mundo (o que foi um tanto quando estranho) ele me disse: “Então deixa assim mesmo.”. UAU isso me levou em uma outra dimensão! Me levou em um lugar onde tudo são flores e ninguém briga com ninguém. Pensando por um lado positivo não vou precisar ficar pagando esse trem até maio do ano que vem. É...até que foi bom!
uHAUHUahauhUHAuhauHAUhauUahuHAUhauUHuhuAHUauAHUhauAUHUahuAHUHauAHuhauHA
:)





Lizzie Renata Campos Jorge 03/07/07

terça-feira, 3 de julho de 2007

Aula?

Estou REVOLTADA!São 9:07 de uma belíssima manhã de terça-feira, onde eu poderia estar muito bem aconchegada na minha cama, porém estou aqui. Acabei de voltar da minha pseudo aula de Planejamento de Comunicação I. Pseudo porque o professor não deu aula. Digo e repito em letras maiúsculas: O PROFESSOR NÃO DEU AULA. Na sala tinham, originalmente, quatro alunos e depois foram chegando mais e o total foi de nove aluninhos aplicados que poderiam muito bem estar cada um em sua caminha fazendo naninha, mas nãooooooo...estávamos lá firme e forte para uma aula de Planejamento de Absolutamente NADA! Chegou uma hora que eu cansei de estar lá me sentindo uma completa otária por ter acordado as 6:15 da manhã para tomar banho, comer o meu cafezinho da manhã, me arrumar e sair de casa as 7:30 para chegar na faculdade vinte minutos antes da aula e estar na sala sempre no horário. Vim embora, bufando de raiva (como dizia a minha mãe), e cá estou. Tá certo que no segundo horário tinha uma aula de Redação Publicitária, mas quem se importa? Na verdade é claro que eu me importo, afinal de contas pretendo ser redatora publicitária, mas o professor de Planejamento de NADA me deixou extremamente revoltada que não tive outra escolha além de pegar a minha trouxinha e remar rumo ao meu lar. E também quem garante que ia ter aula no segundo horário? Prefiro acreditar, para a minha consciência ficar tranqüila, de que a professora também preferiu ficar em casa a ir para a faculdade e não fazer nada.
Para a história ficar ainda mais revoltante ontem eu disse para os meus pais que queria faltar, pois eu sabia que isto iria acontecer e é claro que eles não deixaram. É nessas horas que eu sinto mais falta de não morar em uma república, pois a minha amiga que mora está lá agora babando no travesseiro o sonhando com ovelinhas saltitantes pela floresta encantada. Que inveja!








Lizzie Renata Campos Jorge