
Ontem minha turma da faculdade teve que fazer uma pesquisa de campo em alguns supermercados da cidade. Iríamos sair de frente do portão as 8:15 de coletivo e pela terceira vez na minha vida eu iria passar por essa experiência de andar de busão. A minha primeira vez há muito tempo atrás, foi em São Paulo e eu deveria ter uns 12 anos. Eu me lembro bem, pois foi uma experiência meio traumática. Os professores da academia de tênis da minha mãe foram fazer um curso em Sampa e eu fui juntamente com a minha família. Não sei o porquê que tivemos que pegar o ônibus, mas lembro que naquela noite iria ter jogo do Palmeiras X Corinthians e o uniforme da academia era verde e branco e por azar paramos no engarrafamento bem do lado de um ônibus de excursão que só tinha corintiano. Que azar hein! Eu lembro ter aprendido vários palavrões novos neste dia, pois os corintianos não paravam de nos xingar! Eu estava, estranhamente, bem tranqüila, pois na verdade não tinha entendido o porquê dos xingamentos, até que uma hora minha mãe me puxou e disse para eu sair de perto da janela e me explicou o porquê de todo aquele alvoroço. Confesso que depois disso fiquei me borrando de medo deles quebrarem os vidros do busão com pedras e afins!
A segunda vez que eu andei de ônibus foi para ir para a faculdade e experimentar coisas novas. Sai do meu prédio naquele frio desgraçado, apesar de que hoje agradeço por estar frio, pois pegar busu no calor deve ser infinitamente pior e fui em pé até chegar à faculdade. Foi engraçado, mas não pretendo fazer novamente.
A terceira vez foi ontem, só que foi um caso à parte, pois o ônibus era somente para os alunos e todos foram sentadinhos nos seus respectivos lugares. Foi mais uma simulação do que realidade, mesmo assim fiquei pensando em quem tem que usufruir desse meio de transporte todo dia, não deve ser nenhum pouco fácil e sempre que eu vejo uma tiazinha correndo em direção ao ponto me dá um aperto no coração e penso: “Graças a Deus que não sou eu!”.
Na foto: minha parceira de trabalho e eu no bus.