domingo, 10 de junho de 2007

Sem empregada

A mais ou menos vinte dias atrás a empregada aqui de casa veio com uma notícia bombástica: “Vou fazer uma cirurgia e ficarei um mês ausente (ela não falou “ausente”, mas eu achei mais bonito).” A casa caiu, os rostos ficaram pálidos e mãos começaram a tremer. Senti o desespero nos olhos das pessoas que moram aqui. Tínhamos três alternativas.
Primeira alternativa: morar em um chiqueiro por um mês e comprar copos, talheres e pratos descartáveis.
Segunda alternativa: morar em um hotel por um mês (minha brilhante sugestão) ou partir para a terceira alternativa: limpar a casa, lavar a louça e lavar roupa nós mesmos. Oh Deus que dúvida cruel! Depois de várias reuniões em família pensamos bem e analisamos que o que seria melhor para nós seria a terceira opção, já que a minha alternativa estava totalmente fora de cogitação, pois se morássemos em um hotel por um mês iríamos à falência.
No primeiro dia ocorreu tudo tranquilamente. Eu acordei normalmente e não tive que dar bom dia para ninguém, o que foi um tanto quanto agradável, pois eu acordo extremamente de mau humor e o meu bom dia vem logo seguido de uma cara feia.
No segundo dia eu estava mesmo disposta a ajudar esta família a não viver em um chiqueiro. Lavei minhas roupas, quer dizer coloquei na máquina e deixei ela fazer o serviço dela, lavei a louça e deixe a cozinha um brinco!
No terceiro dia eu já estava cansada de tanto trabalho árduo (um dia de trabalho...) e deixei minha mãe lavando a louça sozinha.
No quarto dia, mesmo com a consciência pesada, deixei o serviço para os outros moradores deste apartamento, ou seja, minha mãe e meu pai.
No quinto dia eu cheguei em casa, pela porta dos fundo, e fui tele- transportada para um outro mundo. A pia estava cheia de coisas que antes estavam na geladeira. Coisas como: comida chinesa de uma semana atrás, pepinos da época que eu ainda fazia academia e era light (ou seja... a muito tempo atrás), geléia de morango que veio na minha cesta de café da manha que eu ganhei no meu aniversário do ano passado e mais alguns itens que deveriam estar no museu e não na nossa geladeira. Olhei aquilo e pensei “Nossa estou morando em uma república e não sabia?”. Foi uma visão um tanto quanto perturbante.
Na semana seguinte não agüentamos e chamamos uma diarista. Foi lindo! A casa brilhando novamente! Aquele cheiro de Veja Multi Uso invadindo a nossa casa e as nossas narinas, o que normalmente não é um cheiro muito agradável mais que neste dia era o melhor aroma do que muitos perfumes caros.
E nesta semana que segue já estamos rezando e acendendo muitas velas para que a nossa digníssima empregada retorne ao nosso lar, mesmo comendo igual a três homens juntos e acabando com aquele último pedaço (o mais precioso) do nosso chocolate favorito.







Lizzie Renata Campos Jorge 08/07/07

4 comentários:

Anônimo disse...

meu, eu adoro isso aqui!
huAUAUAUuahhAUHAuUAUauaHUA
me divirto horrores! ;p
:* irmã branka!

Fabíola Pasquini disse...

HSIUDHSIUDHSIUDHSIUDHIUSDIS
SDSIUDHSAUIDHIUSADHIUSHDIU
SADSADUIHSAIUDSAHDIUHSAIUDA
aiii gentxi :X

;*

Leandro disse...

Engraçado q essa cirurgia da sua empregada veio logo depois da minha macarronada!!

huasAHUHhuhasuhasUHASUHsaUha
hUAShuAHSuHASUhUASHuAHUHSAUHSAu

Que tal outra agora q ela está de "férias"??

=**

Anônimo disse...

lizyyy...
ADOREI o seu blog, vou vir sempre ler!
e acho q agora vou passar a entrar no site da folha tbm ! ahahahaaha
=**